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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Homilia de Finados


Meus irmãos, hoje celebramos o dia dos “Fiéis Defuntos”, também chamado de “Dia de Finados”. Nesta data, relembramos a memória daqueles que viveram entre nós. Na saudade, lembramos de suas vidas e agradecemos a Deus por cada pessoa que viveu entre nós, pois toda vida vem de Deus. Por eles, nós rezamos, clamando para que a misericórdia chegue até eles. Diante deste fato, podemos nos perguntar: Onde estarão os mortos neste momento?

Para muitos, os mortos ficam vagando pelo mundo até se purificarem, para outros as almas ficam penando cemitério. Nenhuma destas respostas é argumentada pela Palavra de Deus. Nenhuma alma fica jogada por aí, nem presa a nenhuma coisa e pessoa neste mundo. Não existem fantasmas e nem assombrações. Quando vamos a um cemitério, vamos numa atitude de respeito e carinho para com aqueles que morreram. O sepulcro é o lugar onde se encontra a memória da pessoa. Pela nossa dignidade de filhos de Deus, recebemos esta reverência até mesmo no momento da morte.

Meus irmãos, é preciso que entendamos a morte, não somente sob o ponto de vista físico. A morte natural é o fim da nossa existência nesta terra. É o fim da nossa vida corpórea. Entretanto, com Jó devemos olhar para a escuridão da morte e entendê-la como passagem para uma nova vida, diante de Deus. Jó, na primeira leitura, acredita na ressurreição, que Deus tem poder para lhe dar uma nova vida. Ele disse: “Depois de destruída esta minha pele, minha carne, verei a Deus”. A morte é Páscoa para nós. É como a semente que morre e se torna uma nova planta. A semente não deixou de ser semente, mas se transformou em planta, sem perder sua identidade interior. Assim é a morte para nós é transformação, passagem e novo nascimento.

A morte é também realidade espiritual que não tem lugar, nem espaço. Ela é negra, porque não a conhecemos. É como o sepulcro escuro, que não sabemos que é viver lá. Causa-nos medo, por não a conhecermos e ao mesmo tempo revelar o nosso limite. O mundo dos mortos é uma realidade que somente Deus conhece, pois tudo está diante Dele. Eis a grande razão de rezarmos pelos falecidos! Deus é o único que pode salvar e dar a ressurreição a eles e a nós. O Evangelho de João revela isto a nós: “Todos os que o Pai me confia virão a mim”. Todos os mortos vão para o coração de Jesus, para ali experimentarem a salvação e a purificação de todo o mal. Não para serem lançados no inferno, porém, para serem tirados de lá. Jesus é a nossa salvação aqui na terra, a salvação de todos os fiéis defuntos, o único que morreu para que a nossa morte fosse vencida. O Pai enviou Jesus. Na sua morte, ele desceu até a nossa morte, para nos retirar da escuridão e nos dar a salvação, a luz eterna. Ele vai até lá naquele momento de nossa morte, para nos resgatar: “Que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia”.

O dia de Finados para nós, irmãos, deve ser um dia de esperança, dia de confiarmos mais em Jesus, que prometeu: “E eu o ressuscitarei no último dia”. Seria desumano da minha parte, pedir para ninguém chorar ou sentir saudade. Isto é humano e temos todo o direito de experimentar o luto, de nos sentirmos abalados por aqueles que morreram. Eles fizeram parte da nossa vida. Entretanto, foram eles que morreram. E devemos viver este momento de saudade e até mesmo dor, com esperança. Esperança no poder de Deus, esperança que Jesus fará o melhor para todos eles. Esperança que Deus não se esquece de nenhum daqueles que experimentaram a morte. Esperança que um dia, todos nós nos reencontraremos diante de Jesus, o nosso Cordeiro. Entreguemos nossa saudade e nossa gratidão a Deus! Peçamos força para continuar nossas vidas, sem medo da morte, e confiante no amor eterno de Deus. Que o Senhor Jesus enxugue nossas lágrimas e ouça nosso clamor. Amém.


Pe. Edson

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