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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Identidade sacerdotal


HOMILIA NA COMEMORAÇÃO DO

2º ANO DE VIDA SACERDOTAL


Meus irmãos e irmãos! E como padre, pai que sou chamo-lhes de “meus filhos”. Hoje tenho a graça de celebrar com vocês o meu segundo ano de vida sacerdócio. Há dois anos atrás, num domingo muito feliz, naquele ginásio do Bom Clima, com tantas pessoas e toda Igreja reunida, fui ordenado presbítero para a Igreja de Deus. Meu nome de batismo é Edson Roberto do Santos. Com a ordenação, Deus me cumulou com uma graça especial e me mudou o meu ser: sou padre Edson.

O significado em hebraico do nome Mateus é “oferta de Deus”, “dom”, “presente”. Como padre, sou chamado a fazer da minha vida uma verdadeira oferta a Deus. Tudo aquilo que eu fizer, em nome da Igreja e em toda minha vida, deve honrar e agradar a Deus. Não posso ser de ninguém, somente dele. Esta é minha luta diária: ser um homem de Deus, neste mundo. A primeira leitura de Efésios esclarece bem esta verdade, pois Deus é fonte de todas as vocações: “E foi ele quem instituiu alguns com profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres”. Sou padre, porque Deus me chamou. “Ser padre” é assumir o chamado de Jesus, como Mateus. Ele me chamou a ser um “dom” na vida desta paróquia, na vida Igreja.

Apesar da minha humanidade, da fraqueza, do meu pecado, meu ser está ligado profundamente a Cristo, sou uma alma sacerdotal, sou separado, marcado, um levita para sempre. Nosso bispo D. Luiz disse, nesta manhã, a mim e aos meus irmãos padres, que em nós há uma realidade sobrenatural, que vai além da nossa humanidade. É sobre a minha humanidade, é sobre o meu pecado, é sobre a minha carne: É Cristo que habita em mim! Não é orgulho ou promoção pessoal, é reconhecer a minha personalidade, aquilo que sou. Apesar da minha humanidade, por mais que eu não queira, não sou um homem comum. O padre é sempre, apesar do seu próprio pecado, Outro Cristo. Na vida do padre, pelo seu testemunho, faz-se presente a pessoa do Cristo é revelada. Meu Deus...misericórdia! Quantas vezes, nós padres nos esquecemos disto.

A vida de um padre é como a vida de Mateus. Mateus era considerado impuro, por trabalhar com dinheiro e ser cobrador de impostos. Era considerado um pecador público, pelo povo de seu tempo. E mesmo assim, Deus o chamou. Irmãos, esta palavra nos recorda que nenhuma pessoa chamada é perfeita, nem mesmo o padre. O padre, como seguidor de Cristo, está num processo de conversão, está buscando a Cristo. Na vida pastoral e na vida espiritual, o padre acerta, mas também o padre erra. Nestes dois anos de vida sacerdotal, cresci tanto, acertando e errando. Diante desta realidade da fragilidade humana, é preciso que a comunidade reze pelo seu padre, para que ele seja fiel e perseverante em sua missão. O sucesso da vocação de um padre é sucesso do próprio Cristo. Igreja, rezemos por todos os sacerdotes! É preciso rezar pela santidade, pela sabedoria para que o padre permaneça no caminho. Partilho com vocês, as vezes os padres desanimam também, porque são gente. As pessoas só criticam, falam mal, cobram, cobram e cobram. Padre necessita do carinho, da acolhida e do perdão da comunidade. O padre precisa de amigos.

Nestes dois anos de vida sacerdotal, tenho feito profundas experiências com Cristo nesta comunidade. Jamais me esquecerei, que aqui foi a minha primeira paróquia, o meu primeiro rebanho. Nestes dois anos de Vila Augusta, pude experimentar que somente Deus pode transformar a vida de uma comunidade e atrair novamente as pessoas para o seio da Igreja. Quando começamos, éramos tão poucos. Hoje somos mais, porque Ele agiu quando pedimos. Filhos, o padre não pode oferecer a si mesmo, mas somente Jesus. É de Deus que as pessoas tem sede. Eu só tenho a agradecer a Deus, por tudo O que Ele tem realizado aqui. Temos nossos desafios e problemas, porém, ao meu ver, os milagres são maiores.

Hoje a minha preocupação aqui na paróquia é a juventude e nossas crianças. Temos aqueles que já participam, contudo há uma grande parcela que ainda não entraram para o rebanho. Precisamos criar estruturas e ações para resgatar nossos filhos e tornar nossa comunidade mais jovem. É preciso gerar e preparar aqueles que continuarão esta comunidade, aqueles continuarão a missão da Igreja. Ouvi dizer certa vez, que a Vila Augusta não tem jovem. Tem sim... alguns estão no anonimato das missas e a grande maioria fora da Igreja, longe do caminho do Senhor. Ouvi também que não querem saber de nada, contudo é preciso chamar sempre. Não podemos nos conformar com o desafio e desistir: é preciso evangelizar. Não tenho soluções neste momento, estou pedindo luzes. Rezemos por esta intenção.

Termino esta minha homília, agradecendo mais uma vez a todos por fazerem parte da minha. Estou muito feliz por ser “o padre da Vila Augusta”. Conto a oração e a ajuda de todos. Muito obrigado!


Pe. Edson

Um comentário:

  1. padre....vc é uma pessoa iluminada..repleta da luz do espirito santo..da pra sentir essa energia vinda de vc..que Deus te conserve assim,com essa alma iluminada,com esse coração de alegria e amor,agradeço por vc fazer parte da minha familia..como noso padre ,nosso irmão.Deus te abençoe!!!

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