Pregação

A ARTE DA ORAÇÃO, SEGUNDO JESUS

Irmãos em Cristo Jesus, neste Domingo, a Palavra nos convida à oração. E é Jesus, o nosso grande Mestre na oração. O Evangelho de S. Lucas proclamado hoje, já no início, mostra-nos Jesus retirado à parte, para a oração. Diz o texto: “Jesus estava rezando num certo lugar”. Irmãos, vejamos, que Lucas não determina especificamente o lugar (não diz se é no templo, numa casa, na sinagoga, numa montanha), justamente, para nos mostrar que todo lugar é lugar de rezarmos. Em todo lugar que estivermos devemos reconhecer que Deus está presente. E, como Abraão, colocar-mo-nos na sua presença, onde estivermos. O lugar da oração é por excelência a Igreja, o lugar da comunidade, mas no dia a dia da vida, devemos também rezar: em casa, o nosso ambiente de trabalho, até mesmo na rua enquanto estamos esperando um ônibus, sozinho. A oração é sempre a nossa atitude de nos colocarmos na presença de Deus, como Abraão na primeira leitura. Encontre, irmão, tempo na sua vida para rezar! Esta é a grande mensagem da Palavra de Deus hoje, para nós.

Jesus nos traz o “Pai nosso”, como modelo de toda oração. A oração do Pai Nosso nos coloca numa atitude de filhos do Pai, reconhecendo o nosso Pai do Céu. Nela glorificamos, santificamos o seu nome, isto é: reconhecemos que Pai é Deus e o respeitamos. Pedimos a sua providência e a misericórdia. “Daí-nos o pão de cada dia”/ “Perdoa a nossas ofensas”. No Pai nosso pedimos que o Senhor nos sustente neste mundo a nossa vida, com os bens. No Pai nosso, travamos luta contra as forças do mal: “não deixes cair em tentação”. Estamos pedindo a Deus que ele nos ajude a vencer os caminhos errados. “Senhor, venha em nosso auxílio! Defenda-nos!” é o que estamos pedindo. Irmãos, é preciso todo o carinhos com as orações, especialmente que aprendemos e já sabemos décor. A verdadeira oração não é uma simples repetição de palavras mágicas, porém um gesto de amor de um filho que confia no Pai. Reze devagar, meditando cada palavra, pedido. Às vezes rezamos tão rápido, sem meditar, que não damos conta do que estamos falando...

A Palavra continua a nos ensinar o jeito certo de rezar. Na primeira leitura, Abraão colocou-se na presença de Deus, em oração. E com ele aprendemos que a oração brota da fé, da nossa conversa/diálogo com Deus. Este diálogo de amor deve ser insistente e perseverante até conseguir. Rezamos e pensamos que Deus faz mágicas. Não.. Deus é providente. E suas graças são derramadas conforme a sua vontade. Normalmente queremos o milagre para ontem. Mas Deus que é Deus, sabe o tempo correto dele acontecer. Todo o tempo esta nas mãos de Deus. É preciso que a oração seja uma atitude de espera em Deus. É entregar nas mãos dele e deixar Deus agir. Abraão pediu misericórdia 6 vezes seguidas a mesma coisa e alcançou. Em nossas orações, mesmo que a graça demorar de vir, não desistamos. É Ele que é Deus e Ele tudo pode. O termo “pedir” aparece muitas vezes no Evangelho, revelando que as nossas petições devem ser como verdadeira palavras de ordem para Deus. Deus não dá esmola. Deus sempre nos dá o melhor.

Pe. Edson